Hoje em dia, todos temos conhecimento, pela informação que circula, das implicações que a alimentação tem no desenvolvimento das crianças, daí a importância de haver um equilíbrio nas refeições diárias. Um estudo designado por Frequency and Correlates of Picky Eating And Overeating in School – aged Children: A Portuguese Population-based study, das universidades Católica e do Minha, veio demonstrar a relação entre a alimentação e as emoções dos mais novos. O peso das refeições, a necessidade de comer e a interferência nos comportamentos foram algumas variáveis a ter em conta para a conclusão do estudo. A ‘picky eating’ é considerada como a alimentação restritiva, a overeating está relacionada com a alimentação excessiva, ambos têm por base os problemas comportamentais.
A associação entre esses fatores cria uma necessidade que, segundo o estudo, é uma complicação na ingestão de alimentos e pode provocar transtornos durante a fase de crescimento, tanto a nível de saúde mental como físico, é, por isso, importante perceber os vários aspetos que influenciam e como se pode alterar essa problemática. Uma revelação feita pelo estudo, indica que 23,1% dos participantes têm a alimentação restritiva associada, sendo mais frequente nas crianças mais novas. Na mesma linha de ideia, a alimentação excessiva foi identificada em 24% dos participantes da amostra, com uma incidência mais frequente em crianças mais velhas. Isto são dados que revelam a importância nos cuidados a ter relativamente às crianças. A investigadora Bárbara Machado revela que “existem vantagens na compreensão destes comportamentos numa moldura que enquadre os diversos aspetos do funcionamento comportamental, emocional e social das crianças e adolescentes, quer do ponto de vista adaptativo, quer desadaptativo, para além de também serem consideradas as competências das crianças e adolescentes (sociais, escolares e relacionadas com as atividades que desenvolvem)”.
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